Após mais de um século da libertação dos escravos no Brasil, a data ainda é lembrada como um dia de luta contra o racismo.
No último país a abolir a escravidão no mundo, o racismo faz parte da sua literatura clássica; seja na pouca representatividade de autores negros, bem como nas construções preconceituosas, pejorativas e estereotipadas ou no embranquecimento de seus personagens. Ainda assim, é fundamental que defendamos a leitura de tais obras, e não sua retirada das listas escolares. É importante que professores instiguem seus alunos a lerem esses livros de forma crítica, atentos às questões raciais, sugerindo discussões e análises comparativas com a atual realidade. É preciso entender o contexto do que foi escrito, por que, por quem, quando... E ainda, há que se questionar ideias e linguagens que antes eram dadas como formas corriqueiras de pensamento e hoje são atos preconceituosos, sujeitos a crime.
Essas obras são provas “vivas” de que, apesar de termos ainda muito a caminhar, muito já foi feito. E a leitura é uma forma de estudar o passado para aprender a construir um futuro mais humano e igualitário.
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